Abusos: vereador alerta que pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos

Ao falar sobre alto índice de estupros registrado pelo 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o vereador Fábio Meireles advertiu que os pais e responsáveis devem estar atentos à possíveis mudanças de comportamento das crianças e adolescentes.
“Ao ser abusada, uma criança vai emitindo sinais que muitas vezes são ignorados pelos adultos que convivem com elas dentro da mesma casa. É preciso estarmos em alerta, conversar sobre o problema e orientá-las para que contem quando, por acaso, houver qualquer tipo de abuso”, ensinou o vereador, ao defender campanhas de orientação para que as vítimas sejam encorajadas a falar e a denunciar os seus abusadores.
Meireles classificou de “barbárie”, os dados que apontam para a grande quantidade de crianças e adolescentes vitimadas por esse crime. “Ao ler os números, confesso, fiquei chocado ao perceber a crueldade imposta ao enorme grupo de mulheres, mas, sobretudo, a meninos e meninas que se tornam alvo de pessoas doentes e que, infelizmente, convivem em sociedade”, disse.
Fábio ressaltou que os números mostram um aumento substancial desse crime, registrando o maior índice dos últimos 12 anos. “São uma média de 180 casos por dia. E, como pai, o que mais me choca é que quase 64% das vítimas são meninas menores de 14 anos ou pessoas com distúrbios mentais”.
Outras aproximadas 28% são meninas com idade entre 10 e 13 anos; e quase 17%, têm idade que varia de cinco a nove anos. “Outro dado enojador e que deve gerar preocupação em toda a sociedade, independente de classe social, é que 75% dos estupradores são pessoas próximas, em geral, vizinho, pai, avô, irmão, tio, padrinho, dentre outros”.
O parlamentar citou que de janeiro a agosto deste ano foram registrados 703 atendimentos a vítimas de violência sexual, só na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Desses, 134 eram menores de 18 anos.
“Só em um final de semana de setembro, cinco menores, vítimas de abuso sexual, deram entrada na mesma maternidade. É algo repugnante e que nos leva a uma enorme preocupação, pois precisamos ser agentes de transformação”, afirmou.

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